Excelente! Curti muito esse vídeo, criticou pra caralho o que toca exaustivamente nas rádios. Esses caras estão de parabéns! Não falaram cantaram nenhuma mentira, ahuahuhuahu
Espanha – Suiça – Honduras – Chile
Ta aí, pra não falarem que zuei Portugal por querer. Peguei uma foto com o mesmo estilo para os espanhois, e assim evitar que pensem que eu sou contra os lusos (mas torço para que a Costa do Marfim passe junto com o Brasil). Agora, falando sério… o que dizer da Espanha? Considerada a maior favorita do torneio depois de formar um time competente e que joga bonito, trazendo consigo uma eurocopa ganhada na raça e na técnica de Xavi, Fernando Torres e outros.
O maior problema que assombra os espanhóis é a infeliz tradição de que eles amarelam sempre quando prometem alguma coisa. Assim foi na copa de 82, jogando em casa e, mais recentemente, em 1998, quando nem passaram de fase. Toda essa expectativa já é gerada graças ao campeonato local, que é um dos mais badalados da Europa, e por isso as pessoas acham que a seleção é do mesmo nivel.
E a grande oportunidade de reverterem por completo (ou quase isso) essa fama negativa está aí. Por sorte, caíram em um grupo fácil, mas já serão testadas de verdade nas oitavas de final, contra alguém do grupo do Brasil. A partir daí, o caminho será bastante complicado, e time que é bom mesmo não deve temer isso.
Com um goleiraço como Cassilas, uma zaga com o raçudo Puyol, o versátil Sérgio Ramos na latera e um setor ofensivo que tira até onda com os adversários. Além do “el niño” Torres, tem David Villa que já incomodou muito na copa passada. Pena que em 2006 a história amarelona deu as caras, com uma derrota inesperada para a França, que se animou e atropelou os adversários (como o Brasil né…) e chegou até a final que consagrou a cabeçada de Zidane.
A Suiça é famosa por ser um país neutro e sem graça. E sua seleção de futebol não foge a regra. Apesar disso, é uma nação que representa bem o esporte, já que foi o país organizador de grandes competições como o mundial de 1954 e a Euro 2008 (junto com a Áustria) e tem há muito tempo a sede da FIFA localizada em Zurique, uma das maiores cidades do país.
Com times pouco expressivos e jogadores não tão talentosos (como Ibrahimovic) e muito menos carismáticos (como Vampeta!) ao longo de sua história, é daquelas seleções que ninguém procura prestar muita atenção. Mas foi exatamente dessa forma que eles saíram da Alemanha em 2006 nas oitavas-de-final e não levaram um gol sequer. E é muito provável que isso aconteça, caso espanhóis e chilenos não ficarem espertos.
O time não mudou muito desde então. O mais legal deles continua sendo o goleador Frei, que não chega a ser um craque de fato, mas estufa as redes. Além dele, a equipe tem o zagueiro ex-Arsenal Philippe Senderos e um meia com um nome toscaço: Tranquillo Barnetta. Sem esquecer do Gokhan (lê-se Gohan, igual o personagem do Dragon Ball Z mesmo) Inler, que já vi jogar na Udinese e tem lá um certo talento.
Sem assustar, a Suiça chega mais uma vez para atrapalhar o caminho de uma seleção mediana maneira. Antes os coitados foram os sul-coreanos, que jogaram muito, mas esqueceram de abrir os olhos para ver o placar. É bom o Chile tomar cuidado, vou até ligar pro Valdívia e falar pra ele.
Honduras vem pra África com o papel de ser o time simpático do grupo. Deixaram pra perder na repescagem o futebol alegre da Costa Rica para mostrarem um time sem muita objetividade e que não deve causar surpresas.
Mas não dá pra ver nessa seleção o mesmo grau azarão que se encontrava na Nova Zelândia. Isso porque Honduras sabe jogar bola há um tempo e em 2001 conseguiram o maior feito da história do país: vencer o Brasil de Felipão na copa América, que seria pentacampeão no ano seguinte. Aposto que esse dia foi declarado feriado nacional no país.
O time que vai pra África do Sul tem dois nomes que eu já conhecia. Um deles é o atacante David Suazo, que já jogou na Inter e deixou o Adriano no banco. Ele tá meio velhinho, com artrose no estribo, mas sabe fazer gol e é o comandante do time. O outro joga no Tottenham e foi muito elogiado pelo desempenho na última temporada: Wilson Palácios, volante jovem e que não tem medo de sair pro jogo.
Pena que isso é bem pouco para disputar um mundial. Até hoje os costarriquenhos se perguntam como esse time azul passou a frente deles. Isso é uma pergunta cuja resposta só teremos quando a bola rolar contra o Chile, no dia 16.
Depois de 12 anos, o Chile finalmente volta a disputar uma copa do mundo. A dúvida é: será que com um time mediano, será possível fazer a mesma campanha de 1998? Isso porque, na França, chegaram até as oitavas com um goleador nato chamado Ivan Zamorano e outro atacante que já incomodou muito brasileiro na libertadores, Marcelo Salas.
Agora, há menos força física e mais habilidade, mas o time ainda mostra certa displicência em campo. Fizeram boas eliminatórias, conseguindo tirar do Paraguai o segundo lugar nas últimas rodadas. Chegam como maiores favoritos a segunda vaga, porém disputarão um jogo contra a incômoda Suiça onde não podem bobear.
No jogo contra Honduras, haverá uma coisa inútil interessante. O duelo de Suazos. De um lado, negão e marrento, David. Do outro, carequinha e com cara de segurança de motel, Humberto. Ambos tem características parecidas e são os principais atacantes dos times. Mas o maior destaque chileno vai para o driblador Fernandez, que joga no Sporting de Portugal.
Na teoria, tem tudo pra passar de fase. É obrigação da figuraça que comanda o time, Marcelo Bielsa, dar consistência tática à esses jovens promissores. E o mago Valdívia vai estar lá para dar apoio no banco, já que sua imagem anda meio suja no país depois de assediar camareiras de hotel a serviço da seleção e isso com certeza custou sua titularidade.
BRASIL – Coréia do Norte – Costa do Marfim - Portugal
Finalmente, chegou a hora de falar da nossa seleção brasileira, que ao longo dos anos nos deu muito orgulho e construiu uma bela história, cravando o nome do nosso país no topo do hall da fama futebolístico. Sim, nós somos fodas, os argentinos são ramelões e o Biro-Biro possui mais cachos no cabelo que o Maradona.
Depois daquele fiasco vergonhoso em 2006, um ano em que tudo tinha para dar certo, o país ficou tremendamente abalado e um clima de total desconfiança tomou a cabeça de muitos. Mas isso não passou de uma pequena crise pós-fracasso-em-copa-do-mundo, e em 1982 e 1986 a história foi exatamente a mesma. Tinhamos timaços com os melhores craques do mundo, mas em algumas ocasiões faltou sorte, em outras faltou garra, e por aí vai. E, cá entre nós: isso é que dá graça ao futebol. De todos, o mais imprevisível dos esportes!
Agora, em 2010, o favoritismo já não é o mesmo. O time enfraqueceu sim, mas se tornou extremamente competitivo e os últimos jogos do Brasil não são nada menos que emocionantes. Todos sabem que o cara dessa seleção é Kaká, melhor do mundo em 2007 e que não vem de boa temporada no Real Madrid. Mas ele é o mais habilidoso e criativo homem da equipe, e sua disposição sempre presente será fundamental mais do que nunca.
Temos um goleiraço, excelentes zagueiros, laterais guerreiros e um ataque destruidor. O elenco não é dos melhores, na teoria. Mas dá pra acreditar no título, e não é por causa do Kaká, do Júlio César e nem do Robinho. É por causa de Dunga. Concordando ou não com ele, o cara conseguiu devolver o espírito batalhador que tanto sentimos falta na Alemanha.
Candidatas à naba da copa, ao lado da Nova Zelândia, os norte-coreanos que sonham com as oitavas são os maiores otimistas do planeta. Isso porque, além da falta de experiência internacional (se não me engano, só 1 jogador deles atua em outro país), eles estão em um grupo bastante complicado e devem servir somente para decidir qual dos times fará a maior goleada da copa.
Na verdade, eu nao faço ideia de como essa equipe joga. Em um país onde até a escolha de cor da parede do meu quarto seria censurada, muitas informações são sigilosas e é praticamente impossível citar um destaque do time. Muitos apontam no atacante Tae Se, considerado o “Rooney asiático” (risos). Bem, se a falta de notícias complica, os resultados falam por si só, e não há duvidas de que a Coréia do Norte é mesmo uma porcaria.
Como será o primeiro adversário do Brasil, uma goleada de no mínimo 4 a 0 seria mais que obrigação. Bom que nos convence de uma vez e assim não precisamos ficar tão apreensivos contra Costa do Marfim e Portugal. Só uma coisa me preocupa: A equipe de Dunga tem um histórico maravilhoso de derrotas ou partidas complicadas contra babas como essa. O 4 a 3 contra o Egito na copa das confederações ano passado é um exemplo…
Em sua primeira e única participação em copas, no ano de 1966, a Coréia do Norte entrou sem nenhuma expectativa, praticamente igual hoje. Acabou tirando a Itália da competição e saindo nas quartas-de-final contra o timaço de Portugal, em uma partida histórica. Não que eu esteja botando muita fé, mas esses norte-coreanos devem estar tramando alguma coisa desse naipe na África…
Considerada uma das maiores potências atuais do continente africano, a Costa do Marfim entra forte na copa, com o objetivo principal de arrancar de Portugal o segundo lugar da chave.
Sem grandes dificuldades para se classificar, a seleção marfinense teve a oportunidade de ser testada na copa das nações africanas desse ano. E o desempenho foi aquém do esperado. Mostrando uma displicência em campo e ainda faltando entrosamento, é obrigação do técnico Sven-Goran Eriksson (Caduco já. É a terceira copa dele!) ajeitar esse grupo de enorme potencial até a partida de estréia.
E é incrível como uma equipe com jogadores de renome internacional, como Touré, Eboué, Yaya Touré, Zokora, Kalou e, principalmente Drogba conseguiu perder para times como Argélia. Falta de talento, com certeza não é. Aliás, nome a nome, eu considero essa a melhor seleção africana que já vi em copas.
Em 2006 eles jogaram bem, mas devido a razoável atuação de Drogba, baixou um sentimento de que poderiam ter lutado mais. Esse ano, ainda melhor e em um grupo menos conturbado, as chances aumentaram consideravelmente. O primeiro jogo, contra os portugueses, já é definitivo, pois a Coréia do Norte parece ser um nada em campo e o Brasil… bem, não vou falar nada né…
Eu juro que não escolhí a imagem acima de sacanagem. Só agora que fui escrever o post que percebi como tá parecendo que o Cristiano Ronaldo está brincando de adoleta com o companheiro Hugo Almeida. Vocês sabem que minhas análises são sérias e não iria fazer uma brincadeira dessas com a biba estrela do Real Madrid e um dos melhores jogadores do mundo.
Pois bem, como já citei o grande craque do time, vou usar os três parágrafos restantes para encher linguiça. Depois da saída de Felipão, a seleção portuguesa mostrou fortes sinais de queda de produção em seu futebol. O quarto lugar em 2006 deu um status de gigante do futebol europeu, mas esse brilho foi ofuscado rapidamente com uma fraca atuação na euro 2008 e sérias complicações nas eliminatórias.
E como eu disse, provavelmente vão ter de suar para se classificaram logo na estréia contra a Costa do Marfim. A minha torcida, como sempre, é para os africanos, mas o fator C. Ronaldo vai intimidar os marfinenses. Não é toda hora que se joga contra um time que tem um craque tão badalado definidor de partidas como esse. Por isso apostam tanto em Portugal.
É uma equipe que conta com outros bons nomes – os brasileiros Pepe, Deco e Liédson, por exemplo - que podem causar problemas, mas a falta de tradição deve pesar caso passem de fase. Com poucas copas disputadas, o país teve duas ocasiões em que foi bem representado, mas nessas duas, havia um treinador brasileiro no comando. E sem Felipão, os supersticiosos (ou não) ficaram com saudades!
Itália – Paraguai – Nova Zelândia – Eslováquia
Atuais campeões do mundo, a Itália sofreu uma forte decadência em relação a renovação de seu elenco. Mesmo com jovens promissores, a seleção principal continua mantendo a base de quase oito anos atrás e velhos craques como Totti e Del Piero hoje não fazem parte do time, e não apareceu ninguém a altura para reposição.
Mas assim como a Alemanha, sua camisa pesa demais nessa competição, e tudo pode acontecer. Em 2006, ninguém apostava na azurra e todo mundo sabe o final da história, com o zagueiro Cannavaro - que antes era a sombra do ídolo Paolo Maldini – se consagrando o melhor jogador do mundo no final do ano. Como caiu em um grupo considerado fácil, onde Paraguai e Eslováquia pouco devem interferir nos objetivos dos italianos, eles deverão ser testados mesmo logo nas oitavas, contra o segundo colocado da chave do Brasil.
Mantendo a tradição de compor uma defesa bastante sólida e um meio campo quase intransponível, o setor mais carente continua sendo o ataque. Depender de jogadores extremamente limitados como Gilardino e Iaquinta para vencer realmente é dose. Isso contrasta com o fato da equipe um dos melhores goleiro do mundo, Buffon, que foi muito importante no tetra conquistado na Alemanha.
Tem tudo para incomodar, porém mais uma vez a Itália nao ganha a confiança de nenhum vidente que chuta quem serão os quatro primeiros colocados. E dessa vez, com um elenco inferior, vai ser difícil surpreender. Difícil, mas possível!
Com uma base que começou a ser trabalhada no meio da década passada, o time paraguaio mostra um entrosamento impressionante quando entra em campo e isso refletiu na maravilhosa campanha feita durante as eliminatórias, quando não ficaram uma rodada sequer fora da zona de classificação. Desde 1998, quando a geração de Chilavert, Gamarra, Arce e Enciso fizeram uma bela copa na França, o país tem se mantido como a terceira força sul-americana.
O time principal é bastante equilibrado, com jogadores raçudos e que gostam de provocar em campo. Mas essa catimba toda perde um grande componente, com a ausencia de Cabañas por conta do pipoco que ele levou na cabeça no início do ano. Uma pena mesmo, porque ele com certeza iria DESTRUIR nessa copa.
Com essa falta, o elenco já deve andar um pouco abalado. Mas existem grandes peças de reposição. Uma delas é o experiente Roque Santa Cruz, que há uns anos atrás eu considerava um dos atacantes mais completos da atualidade. Hoje, não tem o mesmo gás dos tempos de Bayern de Munique e Blackburn, mas é quem dá consistência as jogadas ofensivas da seleção. Ao seu lado, outro bom nome: Haedo Valdez, atacante de boa precisão e velocidade.
É a principal candidata a segunda vaga do grupo, mas deve abrir o olho contra Eslováquia, que tem pique daqueles times europeus chatos que gostam de encher o saco. Será uma partida muito interessante pra se acompanhar, sem dúvidas!
A Nova Zelândia é um país localizado na Oceania. Melhor dizendo, é uma grande ilha que fica 2.000 km a sudeste da Austrália e se situa no Oceano Pacífico. A maioria da população é de ascendência européia, em grande parte britânica devido a colonização inglesa realizada no meio do século XVII. É um país desenvolvido, que se posiciona muito bem nos rankings de desenvolvimento humano e social, e por aí vai.
Tenho muita vontade de conhecer esse lugar, pois é lá que foi filmado a trilogia “O Senhor dos Anéis”. Imagina ver todas aquelas locações de perto? Cada cenário sinistro. Outra curiosidade: o campeão do BBB, Marcelo Dourado, trabalhou em plantações e como segurança de festinha de rua. Olha que legal!
Agora, bora falar de futebol. Bem, resumindo tudo, a Nova Zelândia é, ao lado da Coréia do Norte, a maior candidata a saco de pancadas da copa 2010. O time é muito fraco, teve que suar para classificar em uma repescagem contra o BAHREIN. O destaque do time é (vou chutar) Ryan Nelsen, zagueiro feio pra caralho com cara de mau que atua no Blackburn.
Sério, os neozelandeses próprios não devem esperar NADA da copa. Em sua única participação, caíram no grupo do Brasil. Isso foi em 1982, quando tinhamos aquele timaço com Zico, Éder, Sócrates, Júnior e Falcão. O 4 a 0 que levaram da gente foi pouco. Se tem algum esporte pra eles, definitavemente não é o futebol!
Em 2006, foi a vez dos Tchecos. Agora, em sua primeira participação como país independente, a Eslováquia tem tudo para encher o saco dos Paraguaios e Italianos. Primeiro que país balcânico sempre irrita quando joga, seja pelo futebol pouco produtivo – que as vezes dá certo - ou por ser uma zebra enorme igual foi a Croácia em 1998.
E se em 2010 existe algum país desse naipe, boto fé que seja a Eslováquia. Classificaram depois de pegar um grupo fácil e mandar a chata da Eslovênia pra enfrentar (e infelizmente, ganhar) da Rússia. Ouví muita gente apostar na ascensão do jovem Hamsik, ídolo do mediano Napoli, da Itália. Acho que nunca vi ele jogando direito, mas se falam tanto assim…
Outro que destacaram muito foi o zagueiro Skrtel (como se fala isso? já não bastava o croata Prso em 2006 heim…), e esse eu já vi jogar. Está no Liverpool há 2 anos e joga bem, mas não faz nada além do que se pede de um zagueiro dedicado. Acredito que esteja no nível do brasileiro Juan, se bobear.
Eles também carregam um pouco da tradição. Afinal, a Tchecoslováquia já foi vice-campeã em duas ocasiões e jogava um bonito futebol. Eu boto fé que a vaga esteja nas mãos de Italianos e Paraguaios, mas aí está uma pedra chata no caminho. Se passar de fase, aposto que o time empolga e vai com tudo pracima dos adversários futuros.
Holanda – Dinamarca – Japão – Camarões
Se existe um time que todo mundo respeita, é esse. Mais do que campeões como Uruguai e França e esquecidos como Hungria e República Tcheca, a Holanda tem muitos ‘seguidores’ graças ao belíssimo futebol apresentado por essa seleção nas copas de 74 e 78 e que acompanham essa camisa desde então.
Hoje, a equipe continua extremamente competitiva e busca pela primeira vez o tão cobiçado título mundial que as gerações passadas não conseguiram. A responsabilidade maior fica com o craque Sneijder, campeão europeu com a Inter de Milão que esbanja habilidade e eficiência. Antes, esse posto era tomado pelo Arjen Robben, mas o coitado teve uma lesão as vésperas da copa que colocou tudo nas mãos de Sneijder.
Mas o time não é só esses dois, tem o zagueiro Heitinga, o volante Van Bommel, o meia Van der Vaart e um ataque com ótimas opções como Kuyt, Van Persie, Huntelaar e Babel. O treinador tem nas mãos um dos plantéis mais bem preparados para a copa, já que disposição é o que não falta para os holandeses.
Principais candidatos ao primeiro lugar no grupo, a Holanda já deve estar de olho nas oitavas, onde deve pegar Paraguai ou Eslováquia. Dinamarca, Japão e Camarões não são grandes babas, mas não chegam a assustar uma seleção que já fez muito por merecer levar aquela taça maravilhosa para casa.
Com uma excelente campanha nas eliminatórias, mandando Portugal pra repescagem e despachando sem dó os vizinhos suecos, a Dinamarca entra muito confiante para chegar, no mínimo, as quartas de final, como fizeram em 1998 (e perderam para o Brasil).
Apesar dessa festa toda, o time não é lá dos melhores. Com um elenco envelhecido e sem o mesmo carisma de anos atrás, os escandinavos apostam em uma tática defensiva e focado em mandar bolas aéreas para o centroavante Bendtner, do Arsenal estufar as redes. Jovem, ele é a principal esperança de uma grande atuação na África do Sul.
Alguns bons e velhos nomes que participaram da sua última copa, em 2002, aparecem nesse time. O goleiro Sorensen, que já vi fazendo boas defesas e parece ter a confiança dos dinamarquinos; o volante Poulsen, que fez uma temporada ruim com a decadente Juventus, porém pode contribuir muito; o meio campista Rommedahl, cracaço do Championship Manager (um jogo estilo Brasfoot, que simula a carreira de um técnico); Gronkjaer, outro jogador presente no meu álbum de 2002 e que tinha um penteado maneirão; e Tomasson, que mete muitos gols e deve encher o saco ao lado do Bendtner.
A Dinamarca consegue impor um certo respeito quando entra em copas, sendo que em todas as três que participou ela passou de fase com muita tranquilidade. Apesar de não ter muita tradição, conseguiu formar excelentes equipes, que inclusive ganhou uma Eurocopa (em 1992). Na época, os astros eram o lendário goleiro Schmeichel, e os irmãos Michael e Brian Laudrup.
Quando sediou a copa junto da Coréia do Sul, os japoneses passaram a ficar empolgados com a seleção, mesmo sendo a naba que é. E isso trouxe bons resultados, os jogadores se empenharam mais e o time se tornou mais competitivo. Outro grande aliado dessa evolução é Zico, que jogou os ultimos anos da carreira no Kashima Antlers e se tornou uma espécie de embaixador do futebol por lá.
Comandados pelo ídolo flamenguista, eles se tornaram o melhor time da Ásia em 4 anos e chegaram na Alemanha como fortes candidatas a surpresa. O atual craque, Nakamura, já vivia uma grande fase em 2006 e tinha a responsabilidade de comandar a zebra, junto com Hidetoshi Nakata, outro grande jogador que não faz mais parte do elenco. Só que apareceu uma incansável Austrália no caminho e isso ferrou com os planos dos orientais.
Virando a página, agora temos um time menos esforçado e que perdeu toda a empolgação de antes. O Japão entra fraquíssimo e nem mesmo vontade eles parecem ter. Por isso, são fortes candidatos ao saco de pancadas do grupo. São poucos jogadores que mostram disposição para surpreender, entre eles, o brasileiro Marcus Tulio Tanaka, que quebrou o coitado do Drogba em um amistoso e chega bolado com o ocorrido.
Para saber se vão mesmo ser os grandes azarões dessa chave, não perco de jeito nenhum o jogo contra Camarões (se bem que é numa segunda e nesse dia tenho aula de tarde, mas pelo menos vou tentar ouvir com o radinho do celular mesmo). Se perder, a copa já era pros japas.
Seleção africana com mais participações em copas, o Camarões está longe de ter um grande time. Mas tem pique para brigar com Dinamarca pela segunda vaga nas oitavas, já que, além de Eto’o, conta com uma defesa forte e com um atacante de bastante potencial, um tal de Webo.
Sem grandes dificuldades nas eliminatórias, a equipe teve a oportunidade de ser testada na copa da África desse ano, disputada em Angola. E a campanha foi… uma bosta. Saíram nas quartas de final, depois de perderem legal para o Egito que NEM CLASSIFICADO FOI. O tão comentado Eto’o pouco fez, algo até esperado já que sua humildade é inversamente proporcional ao seu talento com os pés e até, sei lá, o Fernando Collor tem mais patriotismo no coração. (Exagerei pouco heim?)
E é por isso que se o centroavante da Inter de Milão fizer corpo mole, é bom que o país entre em desespero porque ele é o único reponsável por um triúnfo em 2010 e tem toda confiança dos camaroneses. Ele seria capaz de deixar seus conterrâneos na mão, mais uma vez?
Com uma bonita história no torneio, o país guarda com orgulho o que ocorreu na edição de 1990. Um time chefiado por Oman Biyik e, principalmente, Roger Milla (negão histórico detentor do recorde de jogador mais velho a marcar em copas) que chegou até as quartas de final e, em seu primeiro jogo, venceu a Argentina de Maradona por 1 a 0. Se dar bem em uma copa na África faria jus a essa bonita conquista que a seleção camaronesa carrega, né não?
Alemanha – Austrália – Sérvia – Gana
Já está mais do que comprovado que a camisa da seleção alemã é a que mais pesa em torneios. Mais que a do Brasil até. Isso porque, com times pouco empolgantes que no papel beiravam a mediocridade, o país alcançou na última década um sucesso inesperado em alguns torneios que disputou. O vice em 2002, com somente dois grandes jogadores (o goleiro Oliver Kahn e o meia Ballack) e o terceiro lugar em 2006 (tudo bem que foi em casa, mas Portugal e até mesmo Argentina tinham muito mais time) confirmam esse ‘poder’ dos alemães.
Recentemente, essa surpestição ganhou ainda mais força após o segundo lugar na Eurocopa 2008, com um time não muito diferente do atual. Uma equipe agressiva, que parte pra frente, mas que depende muito do principal e único jogador de criação, (o já citado Ballack) que teve o azar de se machucar em um jogo pelo seu time, Chelsea, no desfecho da liga inglesa.
Esse fator coloca ainda mais responsabilidade no poder místico que acompanha o futebol alemão. Com uma história recheada de muitos craques (Helmut Rahn, Gerd Muller, Sepp Maier, Beckenbauer, Paul Breitner, Rummenigge, Matthaus, Oliver Kahn e Klinsmann são apenas alguns deles), os problemas de renovação resultaram na dificuldade que o país tem em revelar novos jogadores de peso.
Por isso, o time não assusta tanto com os nomes. Com a saída de Ballack, o principal jogador passa a ser o irregular Schweinsteiger, meio campo veloz e de bons chutes, mas que não ‘joga sozinho’. O principal triúnfo está no ataque. Klose, Podolski, Mario Gomez e o brasileiro naturalizado Cacau sabem como estufar as redes e deverão causar problemas.
Há pouco tempo atrás, a seleção australiana era vista como um time fraquíssimo, de pouca expressão e que não metia medo em ninguém, a não ser nas outras seleções horrorosas da Oceania. Quase sempre que disputava as eliminatórias, se classificava. Mas como o representante da OFC (federação de futebol do continente) seria inexpressivo, ele teria que disputar uma repescagem contra o quinto colocado sul-americano. E eles perdiam quase sempre.
Em 2006, a Austrália se classificou depois de um jogo dramático contra o Uruguai, que foi decidido nos pênaltis e teve no goleiro Mark Schwarzer um verdadeiro herói. Mesmo assim, entraram para a copa como candidatos a azarões, e em um grupo com Brasil e Croácia, poucos confiavam neles. O inesperado aconteceu, se classificaram em segundo e jogaram muito contra a Itália, futura campeã. Mas saíram nas oitavas, dignos de aplausos.
Isso se deve muito ao trabalho que Guus Hiddink, técnico holandês mundialmente conhecido, fez diante desse time amarelo aí. Hoje, o técnico é outro holandês, menos famoso, mas dedicado. Conseguiu fazer os “socceroos” (apelido maneiro que a imprensa deu) se classificarem com facilidade disputando as eliminatórias asiáticas. Pois é, até a FIFA sacou que o futebol evoluiu e mandou eles pra concorrerem com os japas.
O time não é forte, e chega a parecer inferior aos outros três do grupo. Mas não deve ser desconsiderado, já que Tim Cahill, meia bastante habilidoso, comanda o time ao lado do veterano Harry Kewell, ex-Liverpool. É uma equipe muito esforçada e que quer surpreender mais uma vez.
Finalmente independente em uma copa do mundo, a Sérvia entra confiante dessa vez. Tudo bem que em 2006, junto com a Montenegro, eles também estavam confiantes por terem feito uma campanha impecável nas eliminatórias, sem derrotas e com apenas 1 gol sofrido. O resultado foi uma campanha absolutamente vergonhosa, perdendo pra Holanda, Costa do Marfim e levando a sacolada de 6 a 0 da Argentina, com direito a golaço do Tévez.
Superar um trauma desses não é fácil. E uma boa atuação nessa copa ajudaria muito. Por isso o time entra motivado e promete dar muito trabalho para Alemanha, Austrália e Camarões. E é por isso também que considero esse o melhor grupo da copa. É impossível chutar quem serão os classificados, porque, pra mim, os quatro são do mesmo nível. Não to zuando…
O destaque da Sérvia mais uma vez é o meia Stankovic, peça vital da Inter de Milão e um dos armadores mais eficientes que já vi. Não chega a ser um graaande craque, mas é muito importante pro time. Tem também umas figuras tipo o grandalhão Zigic, poste atacante de 2 metros que deve meter altos gols de cabeça. Não vou esquecer do zagueiro Vidic, bomzic pra caralhic, jogaic muitoic no Manchesteric Unitedic.
Sendo o time com mais ‘ics’ do planeta, vai ser uma festa pros narradores, já que os nomes são todos parecidos e não tem risco de errar. Pena que o lendário Petkovic não faz parte da seleção, de tanto que ele é craque né.
A Gana botou muita moral em 2006, quando se classificou em um grupo equilibrado e com jogos bastante tensos que tinha Itália, Estados Unidos e República Tcheca. Logo em seguida, perdeu para o Brasil em um dos poucos jogos que o time de Parreira parecia ser a seleção brasileira de verdade. Saiu da Alemanha com uma campanha bastante respeitável.
As primeiras previsões de 2010 apontaram a Gana como principal seleção africana e candidata forte a se classificar para as oitavas. O problema é que o seu melhor jogador está machucado, o volante Michael Essien, do Chelsea. Ele é extremamente importante na formação tática e tem talento de sobra para comandar uma possível surpresa. Será uma falta bastante sentida.
No entanto, ainda sobraram alguns bons nomes que não devem ser descartados. Sulley Muntari, meio campo do Inter que tem fama de briguento promete dar muita raça e disposição ao país. Stephen Appiah é outro meio-campista experiente, com passagens no Parma e Galatasaray, e possui o mesmo estilo de Essien. Por fim, o artilheiro Gyan Asamoah, do Rennes, que tem um nome super estiloso e deve fazer muitos gols, caso a bola chegue até ele. Foi artilheiro de várias competições que disputou e, como Muntari anda bichado, o destaque vai pra ele.
A Gana não tem tradição em copas, mas desde os anos 90 tem sido frequentemente destacada nas competições juniores. E o resultado tá sendo essa equipe bastante competitiva retratada em campo. Vai lutar muito para conseguir pela segunda vez passar de fase, isso pode ter certeza!
Inglaterra – Estados Unidos – Argélia – Eslovênia
O país inventor do futebol sempre entra na competição como favorito, mas somente em uma ocasião eles conseguiram a taça. Fazem longos 44 anos que a geração de Geoff Hurst, Bobby Moore, Bobby Charlton, Bobby Marley e Gordon Banks se tornaram campeões do mundo encima da Alemanha Ocidental, em uma competição bastante contestada por erros de arbitragens e zebras tipo Coréia do Norte ganhando da Itália.
A equipe atual, treinada pelo polêmico Fabio Capello, tem total confiança no astro Rooney, que tem vivido uma fase estrondosa no Manchester United. Com bons zagueiros e um meio campo fortíssimo, a unica preocupação do time está no gol. David James tem quase 40 anos e é PÉSSIMO. Desde que Seaman foi encoberto por Ronaldinho Gaúcho em 2002, eles sofrem pra achar um bom camisa 1.
Com um dos times mais fortes dessa competição, a Inglaterra também foi abençoada no sorteio e só deve pegar pedreiras na semi-final. Ou seja, caso não chegue lá… certamente uma seleção mais humilde tipo Nigéria ou Austrália estará se consagrando na África do Sul.
Depois que ganhou o título de 1966, poucas gerações conseguiram fazer jus ao respeito que existe em torno desse país. Em 1990, liderados por Lineker e Paul Gascoigne, conseguiram um quarto lugar. Em 1998, Michael Owen aos 18 anos fez um dos gols mais bonitos da história das copas contra a Argentina, mas acabou eliminado naquele mesmo jogo. Em 2002 e 2006, se tornaram fregueses de Felipão, que comandou os dois times superiores. Agora será que vai?
Em 1994, os norte-americanos sediaram com competência a copa do mundo. A ocasião serviu também como propaganda do esporte no país, que tinha jogadores ruins e desconhecidos, além de nem possuir uma liga nacional. A partir disso, o futebol cresceu muito por lá e já é bastante popular. Embaixadores para isso não faltaram: Pelé, Carlos Alberto Torres, Beckenbauer, Valderrama e David Becham jogaram lá com esse propósito.
E o primeiro resultado concreto dessa evolução se deu em 2002, quando os Estados Unidos chegaram até as quartas-de-final e saíram garfados pela arbitragem contra a futura vice-campeã Alemanhã. Na época, um jovem Donovan comandava tudo com inteligência e visão de jogo dignas de um craque de ponta. Hoje, ele é a mesma coisa, mais maduro e capitão do time.
Por isso, eles são os principais favoritos a segunda vaga do grupo. Argélia é inexperiente e a Eslovênia é… bem… imaginem a seleção do Dunga sem Kaká, Robinho, Luis Fabiano, Julio César, Lúcio e Maicon. Agora coloquem ela cinco vezes pior. É tipo isso! Tá bastante fácil para os americanos, que só poderão ser testados de fato nas oitavas contra o líder do grupo D, o mais equilibrado da copa (na minha opinião).
O vice na copa das confederações ano passado nos mostrou que, além de Donovan, há outros três destaques no time: o atacante Altidore, o meia Dempsey e o zagueiro Carlos Bocanegra (disputa com Tshabalala o nome mais legal da copa). Pra mim, eles não vão fazer feio e vieram para incomodar ainda mais. Fique ligado.
Dando uma olhada em meu já completo álbum de figurinhas da copa, notei que esse time nada mais representa do que DOIS países. Isso, porque o número de jogadores que atuam por essa seleção que nasceram na França supera o de representantes locais. Isso é uma amostra de que a Argélia deve ser tipo o time dos relegados franceses, e que se tiver algum craque aí, só se for parente distante do Zidane.
Como nunca ví essa seleção jogar direito, não tenho muito o que falar. Analisando os ultimos feitos, vi que perderam recentemente para o Egito nessa última copa das nações africanas por 4 a 0. Só aí já dá pra ter uma noção do nível impressionante que esse time ostenta.
Há dois ou três anos atrás, eles disputaram um amistoso contra o Brasil e perderam. Um nome lá me chamou atenção: o lateral Belhadj, que hoje joga no simpático Portsmouth, da Inglaterra. O cara jogou bem, e em algumas outras partidas pela liga inglesa, ví que deve ser um dos destaques desse time. Dizem que o atacante Saifi, de 35 anos também é importante pra equipe.
Em 1982, a Argélia participou da copa do mundo na Espanha e por muito pouco não passou de fase. Isso porque, no jogo entre Áustria e Alemanha Ocidental, os times ficaram trocando passes após um gol alemão, até o apito final, resultando num ridículo 1 a 0. Pelo saldo de gols, os argelinos foram eliminados com o mesmo número de pontos dos outros dois classificados. Puta falta de sacanagem não?
Um time que não merecia estar na copa, simplesmente por cometer o ato de deixar a fantástica seleção russa de fora. E conseguiu isso graças ao critério de gols fora de casa, somente. Porque, pelo que essa seleção demonstra, parece ser uma das equipes mais fracas do mundial.
Sem um único nome que presta, eles não devem chamar muito atenção. Jogam um futebol totalmente apático, sem graça, baseado 99% no jogo feio, no medo de partir pra cima. E o pior que conseguem algo com isso… aí o mérito é do técnico, que assim deve impor muita disciplina e não deixar que ninguém contrarie o seu esquema.
Eles entram nessa copa com o objetivo de conquistar pelo menos 1 ponto, já que em 2002 levaram um sacode da Espanha e perderam bonito pra Paraguai e África do Sul. O “craque” do time na época, Zahovic, teve uma crise de estrelismo e resolveu sair pouco depois do primeiro jogo do nada.
Sendo um dos países representantes da Iugoslávia, uma seleção que botava respeito a algum tempo atrás, deve haver algum diamante bruto desconhecido no recinto. Rene Khrin tem cara daqueles jovens promissores que começam a chamar atenção numa copa do mundo, e Novakovic tem nome de croata goleador. É, esse destaque foi na base do random mesmo.
Argentina – Nigéria – Coréia do Sul – Grécia
Nossos grandes rivais caíram em um grupo bastante fácil. Também, depois de pegar Inglaterra, Nigéria e Suécia em 2002 e Holanda, Sérvia & Montenegro e Costa do Marfim em 2006, cair em mais uma chave complicada seria bastante azar. Bom pra eles, ruim pra gente, porque a melhor coisa que tem é ver os argentinos se ferrarem. To mentindo?
Mesmo passando por grandes dificuldades para se classificar nas eliminatórias (quase caiu na repescagem), o time é um dos melhores e mais temidos dessa edição. Tem “apenas” o melhor jogador do mundo, Messi, além de Carlitos Tevez, Aguero, o coroa Verón (maior ídolo dos atleticanos) e Mascherano. O unico problema talvez se encontra no treinador. Maradona é uma personalidade de peso (em amplos sentidos), mas até agora seu trabalho frente a equipe tem sido pouco positivo. O afastamento do craque Riquelme e a derrota de 6 a 1 pra Bolívia são só alguns exemplos.
Pra mim a Argentina é um favorito e tanto, mais até que o Brasil. Vale lembrar que seleções que fizeram uma campanha ruim nas eliminatórias quase sempre fazem diferente na competição. O Brasil mesmo, antes do penta em 2002, se apresentava de forma semelhante. Como só deve encarar pedreiras a partir das quartas (provavelmente contra a Alemanha, mais uma vez), eles tem a obrigação de fazer bonito.
Bicampeã mundial, a Argentina tem montado excelentes equipes desde o seu último título, em 1986. Na década de 90, teve Batistuta, Caniggia, Simeone e Ortega. Grandes jogadores, que fizeram grandes carreiras, mas não tiveram a sorte que talvez possa estar com a trupe Maradona + Messi.
Sem as grandes estrelas que formavam o time no final da década de 90 – Okocha, Amokachi, Amunike, Ikpeba e West – o que se vê do time nigeriano hoje é um bando de jogadores esforçados, que até possuem talento, mas não dão segurança. Sem disciplina tática, o time vai depender muito mais da vontade e da correira em campo do que da estratégia. O técnico está no cargo faz poucos meses e seu esquema é “não mecher em nada”.
Isso serviria caso a Nigéria fosse uma seleção forte, que estivesse ganhando todas. Mas não é. Longe disso. Apesar de ser a principal candidata ao segundo lugar do grupo, ela não está tão acima de Coréia do Sul e Grécia. Difícil vai ser imaginar essa seleção jogando bonito.
O elenco tem alguns conhecidos, como o velho carrasco Kanu e o atacante Yakubu, do Everton. Como Obi Mikel está fora, o destaque fica para Martins, atacante rápido e perigoso. Tem também um bando de Obinas lá, mas azar o deles que nenhum chega aos pés do folclórico atacante ex-Flamengo.
Em 1994, na sua primeira participação, a Nigéria surpreendeu e chegou as oitavas-de-final como líder de sua chave. E, por coincidência, faziam parte do grupo Grécia e Argentina, além da Bulgária comandada na época pelo goleador Stoichkov. Para os supersticiosos, tá ai algo bastante curioso não?
Confesso que desde 2002, quando chegou as semi-finais com uma ajudinha dos árbitros e da maravilhosa torcida nacional, a Coréia do Sul me passa uma imagem muito positiva e sempre espero uma atuação no nível daquela época. É um time interessante, sabe jogar bola, trocar passes, é bastante veloz e não tem medo de adversários maiores.
O problema está na falta de talento mesmo. Capaz do Felipe Melo ser mais habilodoso que 90% desse time, sem brincadeira. Os pontos positivos, bem… tem o meio campista titular do Manchester United Park Ji-Sung e o promissor atacante Park Chu-Young, acho que só. O goleiro Lee Woon Jae e o carrasco dos italianos Ahn Jung-Hwan estão velhos, e não tem a mesma importância de antes.
Na teoria, tem time pra peitar a Nigéria e a Grécia, e se fizer igual em 2006, quando empatou com a França, pode complicar a coisa para os argentinos. É um time imprevisível, que ganhará forma só quando a bola rolar.
Outro lado bom que os sul-coreanos podem usar é a questão da tradição. É a seleção asiática com mais participações em copas, além do já citado episódio de 2002. Essa é uma arma que Japão, Coréia do Norte e Austrália ainda estão longe de possuir, e em copa do mundo, todo mundo sabe que isso pesa sim.
Tá, eles ganharam a Euro 2004 encima do Portugal de Felipão. Isso já faz SEIS anos, e não consigo acreditar que as pessoas apostam nos gregos por isso. O time já está bastante envelhecido, e a retranca continua a mesma. Só assim, com todo mundo na defesa, eles tenham alguma oportunidade remota de superar nigerianos e sul-coreanos.
Se classificaram para a copa depois de ficar em segundo lugar num grupo ridículo e fazer a repescagem. Pegou a Ucrânia, que é um time decadente e ainda assim supreendeu, já que Shevchenko pré-quarentão joga mais que qualquer um dessa seleção.
Craques? Sem chance. A maior arma do time vai ser jogar no erro do adversário, e o principal articulador será o atacante Gekas, do Herta Berlim. Outros nomes importantes são: o jovem Georgios Samaras, do Celtic, e Karagounis, do Benfica. Esse último é remanescente do time campeão europeu e foi destaque naquela competição, mas hoje tá com 33 anos.
Na minha opinião, o mais fraco do grupo. Seria muita supresa se superassem os outros candidatos à segunda vaga. Mas por outro lado não é nenhum azarão master, então dá pra brigar. A Grécia pode ser o país das tradições, mas em copas só teve uma participação, em 1994. A campanha? Foi goleada pela Argentina e pela Bulgária e saiu levando um coça da Nigéria. Animador não?
Agora que o mês de junho começou, vou passar a escrever sobre a maior competição esportiva do planeta. Dando início aos posts sobre a Copa 2010, farei uma análise dos e as chances de cada seleção. Resolví chamar essa sessão especial de “Coisas da Copa”. Genial, eu sei! (lol)
África do Sul – México – Uruguai – França
A África do Sul está longe de ter um time competitivo e habilidoso. Com jogadores muito limitados e um treinador decadente, é fraca e não assusta, e seu time é muito inferior aos rivais do grupo. Caso a África do Sul não se classifique, será a primeira seleção anfitriã a ficar pela fase de grupos na história das copas.
MAS, futebol sempre nos dá surpresas. Deve-se levar em conta que eles jogarão em casa, com a ajuda daquelas irritantes cornetas que ouvimos durante a copa das confederações (as famosas ‘vuvuzelas’). Nesses casos, a torcida sempre faz uma enorme diferença. Por isso ela não é nenhuma galinha morta no meio de Uruguai, México e França.
Com apenas duas participações, 1998 e 2002, o país nunca conseguiu chegar até as oitavas de final. Na copa de oito anos atrás, chegaram perto, mas pelo número de gols feitos ficou atrás de Paraguai e Espanha. Na época, o craque do time era o meio-campista Quinton Fortune, que já jogou no Manchester e hoje não faço ideia do que faz.
Para surpreender, a África do Sul precisará de grande ajuda do seu maior nome: o meia Pienaar, que joga no Everton. Ele é o principal responsável pela criação das jogadas, mas está longe de ser um jogador ‘top’. Fique de olho no também meia Tshabalala. Nunca vi ele jogando, mas gostei do nome.
Quartas-de-final. Essa é a principal meta dos mexicanos, já que nas últimas quatro copas que disputou, rodaram nas oitavas. Os times bem montados e armados tem dado conta do recado nas eliminatórias e fase de grupos, mas por algum motivo saem mais cedo do que os torcedores esperam.
Em 2010, a seleção mexicana entra com um time mais fraco que em 2006. A base se manteve e não conseguiu boas renovações, jovens como Giovanni dos Santos e Carlos Vela ainda não dão certeza de gols. O grande ídolo nacional, Cuauthémoc Blanco, tá com 37 anos, quase um idoso já. A única certeza, que por sinal dá muita confiança, é o goleiro Ochoa. Considero ele, ao lado de Julio César e Buffon os melhores goleiros do mundo.
Tem também o grande NOME Rafa Marquez, que ja fez muito no Barcelona, mas hoje ele é apenas um… nome. Não se destaca no meio da velha geração. Se bobear, o volante Torrado tá melhor que ele.
Apesar desses contras, o México tem tradição de passar de fase, como ja disse antes. Acredito que sua classificação dependerá muito do jogo contra o Uruguai, a outra seleção mediana do grupo. Caso perca para a África do Sul na abertura, algo bem possível, mas que não boto fé, a coisa vai se complicar ainda mais.
Longe de ser uma grande força do futebol sul-americano atualmente, o Uruguai não é nem sombra das grandes seleções que marcaram época demonstrando raça e talento nas primeiras copas. Hoje, é somente um time esforçado, que quando se vê em campo fica difícil acreditar que representa um país bicampeão mundial.
No papel, até que não tá ruim. Tem um excelente zagueiro (Lugano, ex-São Paulo) e três grandes atacantes (Forlán, artilheiro da europa no Atlético de Madrid; Luis Suárez, jovem promissor do Ajax; e Sebastian ‘El Loco’ Abreu, disparado o melhor jogador do Botafogo). Mas falta jogadores talentosos, falta um time de verdade.
Tem time para bater de frente com o Méxcio e ganhar da anfitriã. Mas contra a França, a carência por um goleiro de confiança e um meia habilidoso influencia muito.
Na sua última copa, em 2002, o Uruguai não tinha um elenco muito diferente. Ficou atrás de Dinamarca e do surpreendente Senegal, sendo desclassificado logo na primeira fase. Não seria surpresa se isso ocorresse outra vez.
Classificada graças a um gol do zagueiro Gallas, após o passe feito com a mão pelo medalhão Thierry Henry, a França barrou a Irlanda e conseguiu uma vaga para a copa. A única “punição” que a FIFA concedeu foi tirar o país do grupo dos cabeças de chave.
Por isso, o maior medo das grandes seleções era cair em um grupo da morte, com a França incluída. Apesar do time não contar mais com a melhor geração de sua história, comandada pelo grande Zidane, ainda impõe muito respeito e sua camisa foi a que mais ganhou peso nos ultimos anos, desde a conquista da copa em 1998.
Com algumas poucas renovações, a seleção francesa tá longe de ser uma grande favorita ao título. O craque agora é Ribéry, que comandou o Bayern de Munique até a final da Champions League ao lado do holandês Robben. Não chega a ter 1/3 do talento de Zidane ou Vieira, mas sabe o que faz com a bola. Tenso pros franceses deve ser aceitar a não-convocação de Karim Benzema, do Real Madrid. O cara é simplesmente a maior promessa do país e todos confiavam na sua presença. O técnico Raymond Domenech, que nunca simpatizou muito com a torcida, deve estar numa situação pior que a do Dunga aqui no Brasil.
Em 2006, o time francês atropelou Espanha, Brasil (sem comentários), Portugal e mereceu mais que a Itália ser campeão. Mesmo com um elenco totalmente reformulado, não se pode duvidar deles.
